GALO DA MADRUGADA MANTÉM GRANDIOSIDADE E REÚNE MAIS DE 2 MI PELO CENTRO DO RECIFE
Galo da Madrugada - Recife, PE
2 de março de 2025
Considerado, desde 1995, o maior bloco de carnaval do mundo, agremiação realizou mais um espetáculo de rua pra ficar na história e uniu alegria com praticas de inclusão e sustentabilidade.
Teve um pouco de Sol e de chuva, teve alegria de sobra e teve foliões de todas as partes do Brasil e do mundo pra celebrar a grandiosidade do carnaval pernambucano. Num desfile que teve como tema “Pernambuco: do Galo ao Bacalhau, viva o Carnaval”, o Clube das Máscaras O Galo da Madrugada reuniu, no último dia 1°, cerca de dois milhões e meio de pessoas, ao longo dos seus 6,5 km de percurso e mais de nove horas de espetáculo ao ar livre. Uma festa que, além de irreverência, colorido e folia, mostrou também que é possível – e necessário – unir carnaval com responsabilidade social e ambiental, já que o Galo também levou às ruas do Centro do Recife ações de inclusão e sustentabilidade.
“Mais uma vez, fizemos junto com nossos foliões um desfile pra entrar na história. Muito além dos 30 elétricos e os cerca de 100 artistas e 900 músicos que se apresentaram, simultaneamente, das 9h às 18h30 do Sábado de Zé Pereira, mostramos ao mundo nosso carnaval democrático, feito por todos e para todos, além, claro, de cumprir com nossa responsabilidade social, através de ações de inclusão, geração de renda e de preservação do meio ambiente. Podemos dizer que a festa foi completa”, comemora Rômulo Meneses, presidente da agremiação que completou, em fevereiro deste ano, 47 anos de fundação e que desde 1995 ostenta o título de maior bloco de carnaval do mundo.
Um dos pontos forte do Galo este ano foi a estreia da Ala da Acessibilidade, que trouxe, na abertura do desfile do Sábado de Zé Pereira, cerca de 200 foliões, entre pessoas com deficiência e seus acompanhantes. O grupo contou, ainda, com profissionais de audiodescrição e libras, para auxiliar pessoas cegas ou com baixa visão, e também uma equipe anticapacitista para divulgação, inscrição e acompanhamento desses brincantes durante o traslado, recepção e condução ao longo do percurso.
“O que marca essa ação inédita na história do Galo é que a agremiação ofereceu uma ala do desfile acessível comunicacionalmente, composta por um carro de apoio, com distribuição de água, um trio elétrico, o que garantiu que pessoas com deficiência, de faixas etárias e classes sociais das mais diversas, pudessem cantar, dançar e participar juntas do maior espetáculo de rua do planeta”, comemora Liliana Tavares, responsável pela ação.
O espetáculo do dia 1° também foi marcado pela preservação do meio ambiente. O Galo repetiu o feito dos últimos anos e realizou, em tempo real, a coleta dos resíduos sólidos descartados durante o evento. Cerca de 300 catadores – entre eles, 60 desfilaram numa ala específica do cortejo, o “Bloco dos Catadores” – conseguiram coletar mais de onze toneladas de recicláveis ao longo dos mais de 6km, trabalho que movimentou cerca de R$ 82 mil às cooperativas envolvidas. Materiais como garrafas pet, latinhas de alumínio, plástico, papelão e vidro tiveram sua devida destinação graças ao trabalho desse grupo. “A cada ano, temos adotado estratégias de inclusão socioprodutiva de maneira efetiva, para garantir que o maior bloco do mundo continue sendo, também, o mais sustentável”, afirma Daniel Pernambucano, coordenador de sustentabilidade.
Daniel detalha, ainda, que o trabalho, este ano, atuou em três frentes: “montamos, num ponto estratégico do desfile, uma cabine de comercialização, para garantir a compra, de forma direta, dos autônomos a preço justo e, com isso, dar o devido reconhecimento pelo importante serviço prestado. Os outros dois pontos foram para coleta dos materiais, colhidos pelos catadores enquanto desfilavam”. Inovações que, segundo o coordenador, tiveram grande impacto no resultado deste ano. “O montante de resíduos coletados aumentou em 100% se comparado a 2024, o que também ajudou a aumentar a renda desses trabalhadores e a desonerar o meio ambiente, combatendo as mudanças climáticas através da destinação ambientalmente adequada dos recicláveis”, finaliza Daniel.
Pelo segundo ano consecutivo, o Galo realizou um desfile do Sábado de Zé Pereira com compensação de cem por cento do carbono emitido em todas as atividades que envolvem o desfile – deslocamento de trios elétricos e carros alegóricos, montagem de camarotes e deslocamento de trabalhadores, por exemplo. “Estamos finalizando todo o levantamento dos gases de efeito estufa gerados tanto durante o evento quanto na confecção e montagem do Galo Gigante erguido na Ponte Duarte Coelho para, a partir daí, compensá-los por meio de créditos de energia renovável”, explica Vinícius Hernandes, especialista em créditos de carbono e gerente de negócios da Ambipar, empresa especializada em projetos ambientais e parceira do Galo nessa iniciativa.
Hernandes explica como se dá a compensação: “a mesma quantidade de Co2 emitida pelo desfile do Galo será removida da atmosfera ou deixará de ser gerada em outro lugar, por meio de projetos ambientais certificados. Isso é feito através da compra de créditos de carbono, no qual cada crédito equivale a uma tonelada de Co2 evitada ou capturada”, detalha.
ARTISTAS LOCAIS E NACIONAIS FIZERAM A FESTA DURANTE MAIS DE SEIS HORAS DE DESFILE
Folia, alegria e a famosa “embriaguez do frevo, que entra na cabeça, depois toma o corpo e acaba no pé” foi o que não faltou das 9h às 18h30 do Sábado de Zé Pereira, durante o desfile do maior bloco do mundo. No comando dos 30 trios elétricos que animaram cerca de dois milhões e meio de foliões do Forte das Cinco Pontas à Praça da Independência – início e fim do desfile, respectivamente -, artistas como Gustavo Travassos, Nena Queiroga, Almir Rouche, André Rio, Bia Villa-Chan, Gerlane Lops, Elba Ramalho, Marron Brasileiro, Maestro Fórro, Spok, Michelle Melo, Almério, Romero Ferro, Nonô Germano, Quinteto Violado e Som da Terra defenderam, com muita garra e talento, a grandiosidade do maior bloco do mundo e dos ritmos pernambucanos. Sob o Sol escaldante ou embaixo de chuva, o pique e a alegria não fugiram em nenhum momento, tanto de quem estava em cima do trio quanto de quem estava no meio da multidão.
A pernambucana Priscila Senna, que já esteve no Galo anos atrás, esteve entre o time de convidados deste ano, que contou ainda com outros grandes nomes da música nacional como Pabllo Vittar, Michel Teló, Toni Garrido, Gabi Amarantos e João Gomes. “Já é tradição realizarmos esse intercambio artístico e cultural, no qual artistas daqui convidam nomes de outras partes do Brasil pra virem conhecer e se encantar com o frevo e com o maior bloco do mundo. Quem conhece, não quer mais deixar de vir, como é o caso de muitos aqui presentes, que já viraram veteranos. É uma festa que contagia a todos e emociona até mesmo a gente, que nasceu e cresceu no Galo”, garante Guilherme Menezes, diretor de Marketing do Galo.
O espetáculo contou ainda com seis alegorias, que abriram o desfile – todos com menção às manifestações carnavalescas de Pernambuco, homenageadas no tema deste ano do Galo –, e com cerca de 180 diretores que, de ponta a ponta do cortejo, ajudaram a garantir o bom andamento da festa. Além desses, estima-se um total de 5 mil trabalhadores diretos envolvidos na realização do desfile do maior bloco do mundo e outros 35 mil indiretos, aproximadamente.
O desfile 2025 do Galo contou com o patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura, Esportes da Sorte, Amstel, Sorriso, Bradesco, Jeep, Seara, Assaí Atacadista, Vivo, Sesc / Fecomercio, Tintas Coral, O Boticário, Ala, Novelis, Pitu, Brasilgás, Esmaltec, Indaiá, Rádio Recife, Bacalhau da Noruega, Prefeitura do Recife, Governo de Pernambuco e é uma realização do Galo da Madrugada, Ministério da Cultura e Governo Federal.











