Antiga “Rua Praça Sérgio Loreto”, próxima à sede do Galo da Madrugada, passa a ter o nome do fundador do maior bloco de carnaval do mundo.

O nome de Enéas Freire, saudoso recifense responsável por trazer de volta à sua cidade o autêntico carnaval de rua – por meio da criação do Galo da Madrugada, no final da década de 1970 – será mais uma vez imortalizado na capital pernambucana. É que a Lei Municipal 19.339/2024, sancionada pelo prefeito João Campos no último dia 30, dá a uma rua do Bairro de São José, no Centro do Recife, o nome do folião que dedicou sua vida à preservação das raízes carnavalescas próprias da sua terra.

Com o dispositivo, que atendeu a um Projeto de Lei de 2021, proposto pelo então vereador Alcides Cardoso, a antiga Rua Praça Sérgio Loreto – localizada entre a Travessa do Gusmão e a Rua do Muniz-, passa a se chamar Rua Enéas Freire. A via pública fica próxima também à sede do Galo da Madrugada, agremiação que completa, este mês, 47 anos de fundação e que desfila, tradicionalmente, no sábado de carnaval.

“Acho mais do que merecido eternizar o nome de seu Enéas, fundador do maior bloco do mundo, no Bairro de São José. O Galo já é patrimônio nosso, povo recifense, e é quem sustenta o nosso frevo. É papel de uma pessoa pública, de um membro do Poder Legislativo prestar serviço de várias formas, entre elas, homenageando figuras merecedoras. Estou muito satisfeito e feliz em ter conseguido (aprovar) essa Lei na Câmara de Vereadores”, comemora Alcides.

Nascido no Bairro de São José, mais precisamente no Pátio do Terço, no início da década de 1920, Enéas Alves Freire vivenciou desde criança as tradições carnavalescas típicas da sua cidade, no local então considerado como “o berço do carnaval de rua do Recife”. Ainda adolescente, em 1934, criou sua primeira agremiação, a troça mista Papagaio Louro. Seu feito maior viria décadas mais tarde, em janeiro de 1978, quando fundou junto a amigos e familiares o Clube das Máscaras O Galo da Madrugada, que marcou a volta dos foliões às ruas do centro da cidade e foi reconhecido, em 1994, como o maior bloco do mundo pelo Guiness Book, o livro dos recordes. “Neinha”, como também era conhecido, faleceu em junho de 2008, aos 86 anos.